04/11/14

Despertar de consciência?


Há que ver o melhor em cada pessoa que nos rodeia. Ver o outro com um olhar distante da crítica, ver o outro com o olhar do coração.

Não é necessário estar-se em fase terminal de vida por consequência de uma doença grave para finalmente percebermos que temos compaixão uns pelos outros, para finalmente percebermos que afinal temos capacidade de amar o outro, capacidade de o ajudar, capacidade de não julgar, capacidade de desejar o BEM a todos.

Sempre quando leio notícias de pessoas que estão a lutar contra um cancro em fase terminal, a constante que se lê é: Pessoa x, rodeada de amigos e familiares que lhe dão muito amor, a pessoa x a testemunhar que finalmente está sentir-se amada, finalmente sabe o que é amar!!! (entre os sentimentos e emoções e vivencias, das quais, eu graças a Deus, não passei e portanto, não poderei desenvolver).

Contudo, o cerne da mensagem que pretendo dar é, que no fundo, enquanto não começarmos a perceber que em primeiro é necessário, primordial que nos amemos primeiramente, nos consideremos como seres providos de acção divina que nos nutre, nunca poderemos amar ninguém.

O amor cura, só e apenas este sentimento pode transformar primeiramente o nosso ser e depois, tudo à nossa volta.

Há várias formas para buscar o amor dentro de nós e emergir para fora, para os outros, uma delas é a meditação. A meditação é para acalmar a mente, limpar pensamentos negativos, com cargas passadas de acções que nos transtornaram e também limpar a mente de ansiedades, antecipação de acções que ainda não surgiram, mas porém, nos enchem a mente e distorcem a realidade de quando esse momento chegar.

A meditação faz-nos sentir o momento do Agora como nada consegue. Sem mente para atrapalhar. Eleva-nos apenas para o sentir! A ganhar consciência de quem somos, a serenar a mente e a fortalecer o nosso ser!

Logo, veremos o melhor de nós a emergir, e consequentemente ganhamos uma visão mais ampla de como é o outro, de como ele sente, que medos tem, e percebemos que afinal, todos temos uma criança interior que precisa de muito amor. Precisamos de nos perdoar, perdoar aqueles medos, obstáculos, culpas que fomos acusados e que acusamos a nós mesmos também!

 E sim, não é fácil, eu própria tenho tido dificuldades enormes a seguir esta via, pois, o mais fácil, é o levar-me pela desilusão, pela mágoa, pela tristeza, conformismo, julgar, exigir, vitimizar. Vamos, pelo menos tentar…ver assim o outro com um olhar semelhante a nós, evidenciando nele o que de melhor ele tem…é um passo, pequeno, mas nos irá levar muito longe.

Até à próxima

1 comentário:

Rosa Carioca disse...

Não podia concordar mais!
E realmente a meditação é uma grande ajuda.