03/10/10

Por cá festeja-se a República

Este post não é de um tema comum a ler-se por cá, no entanto, como é assunto presente e com o qual me faz pensar, decidi escrever o seguinte:
Imagino o que teria pensado o meu avô no dia 1 de Fevereiro de 1908 com 9 anos de idade...
Passo a explicar, não creio que tivesse sido justo a forma de como a República foi implantada em Portugal.
Senão vejamos, um punhado de republicanos revoltados pela situação de instabilidade do país decide pôr fim á Monarquia matando os herdeiros da família real, mas concluiu-se que afinal não sabiam como manter o país estável depois dos anos que sucederam a esse Regicídio. Até que em 1928, como já sabemos surge Salazar como Ministro das Finanças.
A minha questão é a seguinte, sendo um dos princípios da Republica a democracia, onde estava a dita ? Chega-se e mata-se o Rei, e já está? Onde esteve aqui a escolha do povo perante tão importante decisão? Foi subestimado, pois, eles os ditos senhores da república usaram a sua decisão como soberana.
E lá estava o meu avô nesse dia 1 de Fevereiro de 1908, na Praça do Comércio a ver a família Real, que chegava de Vila Viçosa duma caçada com o povo a dar vivas...nesse dia fatídico...dia esse que marcou esse menino com 9 anos apenas.

Até à próxima

2 comentários:

S* disse...

lol

Matar o Rei efectivamente não foi um bom início... mas, como se costuma dizer, há males que vêm por bem.

palavrasasolta disse...

Peço desculpa desde já a S* mas apesar de concordar que por vezes "há males que vêm por bem", não concordo que a nossa república tenha sido um desses exemplos.
Senão vejamos: para implementar a república cometeu-se não um simples homicidio, senão um regicidiconstituvo, e tantos anos passados, creio que ainda o estamos a pagar.
Quem decidiu avançar com isso não conseguiu trazer estabilidade ao país, e cada um se foi servindo da sua posição para melhor se salvaguardar.
Observemos a Espanha e mesmo a Inglaterra: têm monarquias, que creio serem constitucionais, em que se tenta ter o melhor de dois regimes.
E não sei até que ponto não estariamos melhores com uma monarquia em Portugal, mesmo que com as responsabilidades partilhadas com uma Constituição.
Uma questão a pensar.