A pensar num título

Senti que deveria parar aqui e ter a minha pausa onde normalmente desde o mês passado passei actualizar o blog. Sentada confortavelmente num dos sofás do ginásio... Este conforto é impagável. E tem sido fonte de inspiração. Nem que seja das lembranças que tenho de há 8 anos, a minha mãe ter vindo ter comigo aqui, embora com outra gerência neste ginásio. Mas, ela sentou-se neste sofá. É um sentimento nostálgico tendo em conta que já não vivo com ela. Vejo-a umas 4 vezes por ano. E é quando a separação existe, por mais que me custe admitir, que a saudade surge. Sinto falta dos momentos que íamos à Baixa e jantávamos no nosso restaurante favorito. Ela sempre tão bem disposta. Os últimos anos que vivemos juntas foram os melhores. Mas sei que já não faria sentido continuar a viver na casa dos meus pais. Sei que foi muito melhor assim, haver esta possibilidade de eu ganhar as minhas asas para finalmente voar. Mas passa por mim ainda aquela necessidade de validação da minha mãe, de encorajamento nos passos que vou dando na minha vida. E escrevendo estas palavras ainda sinto lágrimas nos olhos, por ter aquela sensação que ainda tenho de aprender a viver sózinha e aceitar. Ou por outra, sentir dentro de mim toda a força, amor, carinho que a minha mãe sempre me deu e fazer disso a minha meta de vida. Ela está e estará sempre comigo. Serei sempre sua filha e o valor reside aí. No sentido de ter recebido a sua herança maior, a vida que me deu. Ela e o meu pai. Afinal, sempre tive tema para mais um texto. Sem título, pois tal como o primeiro filme que fomos ver juntas, há uma História Interminável que nos ligará sempre.